Reciclagem de aviões – oportunidade de negócios
3Esqueça crise. Esqueça os governos. É fácil notar como a aviação decolou no país. Cada vez mais pessoas estão viajando de avião, seja em busca de lazer ou a trabalho.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros teve uma alta de 203%, entre 2004 e 2013. Neste mesmo período, o crescimento anual do transporte aéreo doméstico representou mais de 3,7 vezes o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e mais de 13 vezes o crescimento da população.
A quantidade de passageiros pagos transportados em 2013 atingiu o maior número da história da aviação brasileira. No total, mais de 109,2 milhões de passageiros foram transportados. A frota de aeronaves das companhias aéreas brasileiras cresceu 8,7% em 2013.
A frota brasileira de aviação geral, que engloba aviões particulares e aviação executiva, segue em crescimento. Dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) mostraram um avanço de 4,9% em 2013. Esse aumento foi mais discreto que nos anos anteriores. Mesmo assim, a curva segue para cima e mantém o Brasil com a segunda maior frota do setor no mundo (em 2014 eram mais de 14 mil aeronaves).
O que fazer quando a vida útil de uma aeronave chega ao fim?
A reciclagem de aviões parece ser a saída, além de um modelo de negócios atraente. Se por um lado é necessário lidar com grandes volumes de materiais, o que demanda certo investimento, por outro, é justamente o que o reciclador sempre quis: matéria prima em abundância com logística simplificada. Já está tudo ali, em apenas uma peça: o avião, pronto para ser reciclado.
Há poucas dezenas de empresas no mundo dedicadas ao negócio (até onde pesquisamos, nenhuma no Brasil). Mas existe uma associação internacional para o setor, a Aircraft Fleet Recycling Association (AFRA), que confere uma certificação de qualidade às empresas que sigam o seu código de boas práticas.
Apesar da encrenca que um avião velho possa parecer, é relativamente simples fazer a “sua última viagem”. Com dez homens, algumas gruas e uma tesoura hidráulica, um grande jato comercial é desfeito em cinco semanas.
Apesar do termo “reciclagem”, o negócio não está focado no volume de metal que se vende como sucata (afinal, um avião é feito para ser leve), mas nas partes que ainda podem ser reutilizadas em outras aeronaves.
Motores, unidades auxiliar de potência, trens de pouso, rampas de emergência e até a famosa caixa preta podem ser reutilizados, mas obviamente depende de muita pesquisa sobre o componente, que normalmente é bem documentado.
Veja um vídeo (em inglês), que mostra o processo de reciclagem de um avião.
Outra maneira de lucrar é destinar peças para finalidades que nada têm a ver com aeronáutica. Assentos decoram estúdios de cinema, entradas de ar dos motores se transformam em banheiras, flaps viram mesas, coletes salva-vidas viram bolsas.
Sendo ainda mais criativo, há possibilidades de morar num avião, ou montar seu próprio negócio dentro dele.
Veja também a matéria: Casa feita com peças de um 747
Agora é com você. Que tal ser pioneiro em um negócio que parece ser bem promissor?
Boa noite Ricardo Ricchini
Campeão, muito interessante este negócio, hein!
Como consigo mais informações para este negócio, aqui no Brasil.
Coloco-me à sua disposição para qualquer esclarecimento.
grato,
Santos
Santos, na pesquisa para fazer essa matéria, não encontrei nada no Brasil. Ou isso é um péssimo sinal ou ótimo, pois se ninguém começou ainda a reciclar profissionalmente os aviões, pode ter um campo aberto e muita demanda.
gostaria de uma hélice para decorar minha agencia de viagem, sabe onde consigo