Brasília tem o maior lixão da América do Sul
3Em nossa categoria Legislação, mostramos os problemas que o Brasil enfrenta por não cumprir as leis. Elas existem, mas de nada adianta se os próprios governantes não as levam a sério.
Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos decretar o fim dos lixões no Brasil até 2014, em 2015 o Senado aprovou prorrogação do prazo para extinção de lixões. Uma emenda estabeleceu prazos entre 2018 e 2021, de acordo com o município.
Uma esperança surgiu quando a presidente Dilma vetou esta medida provisória, de forma que todas as prefeituras que mantém lixões estão em desacordo com a lei e sujeitas as penalidades previstas, como processo administrativo, multas, Inelegibilidade para as próximas eleições e até pena de prisão.
Aqui e ali vemos uma notícia de autuação, de prefeituras finalmente fechando lixões, mas a matéria da conceituada revista National Geographic joga um balde de água suja em nossas esperanças, afirmando: “Brasília tem o maior lixão da América do Sul”.
O repórter Marcio Pimenta foi visitar o “Lixão do Jóquei”, de responsabilidade do governo do Distrito Federal. Há apenas 15 km de distância da Praça dos Três Poderes ele fotografou o maior lixão a céu aberto da América Latina. Nele trabalham entre 600 a 2 600 pessoas em uma área de 200 hectares com morros de lixo de até 50 metros de altura. É o destino de 100% do lixo coletado no Distrito Federal. Em números isso significa 2,8 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos por dia e entre 6 mil e 8 mil toneladas de resíduos da construção civil.
Seringas, facas, cacos de vidro e outros objetos perfurantes e cortantes disputam o lugar com catadores, pombas, ratos, urubus e moscas.
A estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea – é que no Brasil existiam 600 mil catadores em 2013 e que eles são responsáveis por 90% dos resíduos recuperados. O catador é, portanto, peça fundamental, mas não no lixão, onde tem um trabalho degradante e insalubre. O ganho dos catadores do Lixão do Jóquei depende de sua produção, mas na média ganham cerca de R$ 1.200 a R$ 1.500 por mês, o que justifica a preocupação deles quando sabem que ao se adequar a lei, eles perderão essa fonte de renda.
A previsão é que no segundo semestre de 2016 entrará em operação o Aterro Sanitário Oeste, um projeto moderno e elaborado com estudos de impacto ambiental, e com isso o Lixão do Jóquei será desativado.
Veja a matéria completa no site da National Geographic
Vamos bombardear a caixa de emails dos nossos senadores, quem sabe uma ALMA, faz alguma coisa…aqui está a lista.http://www.senado.gov.br/transparencia/LAI/secrh/parla_inter.pdf
A questão dos catadores é bem delicada. Antes da desativação é necessário promover a inserção destas pessoas no mercado de trabalho ou criar cooperativas para que eles continuem tendo fonte de renda. Além disto se faz necessária também a educação ambiental destas pessoas para que compreendam de fato os motivos pela extinção dos lixões e tenham consciência do papel que desempenham para a sociedade.
E necessário cria políticas publicas para diminui o descarte incorreto do lixo , contudo realizar parcerias com empresas para atuar diretamente coletando, reciclando e reutilizando, com isso, o governo poderia gerar emprego priorizando os catadores , legalizando o seu trabalho e gerando renda, fazendo movimentar a economia.