Reciclagem – Quando vai virar realidade?
2A importância da reciclagem parece óbvia. Todo mundo comenta, todo mundo sabe. Mas por que afinal, ela não acontece de fato em nosso país?
Separando e destinando corretamente para a reciclagem, evitamos que materiais descartados sejam depositados em aterros sanitários. Nos aterros e lixões, os resíduos são misturados e enterrados, inviabilizando a reciclagem mecânica.
O descarte correto dos recicláveis ajuda na limpeza e higiene das cidades e diminui a incidência de enchentes. A reciclagem retarda a escassez de matérias primas básicas, economiza energia elétrica e gera inúmeros empregos, aumentando a renda de famílias inteiras. Normalmente a reciclagem é mais econômica e menos poluidora do que se comparada ao processo “normal” de fabricação de produtos.
Mas se as vantagens são tantas e tão evidentes, por que, apesar da lei proibir, continuam sendo criados novos lixões, ainda vemos lixo nas ruas entupindo bueiros? Por que os sacos de lixo são cada vez maiores e tomam cada vez mais as calçadas? Por que os recicladores passam apuros para manter suas fábricas funcionando por falta de matéria prima?
A história explica
Após o fim da primeira guerra mundial, a revolução industrial enfrentava um dilema: produzia em alta capacidade mas enfrentava o risco de não ser mais necessária, pelo simples fato de as pessoas já possuírem o necessário.
Nessa época, Paul Mazer, um grande banqueiro de Wall Street, disse: “Devemos mudar a cultura de necessidades do americano para uma de desejos”. A população precisava ser treinada para desejar coisas novas, antes mesmo de consumir as compradas.
A cultura do consumo pelo desejo foi criada por uma estratégia de marketing que remonta um século. Hoje ela não é apenas aceita, mas praticamente não se conhece outra forma de consumir.
Outra iniciativa de sucesso foi a da obsolescência programada (veja o documentário completo aqui), em que os produtos tem uma certa data de validade, quebrando, estragando ou deixando de ser útil em pouco tempo de uso.
Todo esse impulso de consumo, apesar de ser uma cultura totalmente incorporada, é antinatural, o que leva a um incômodo e uma certa culpa. Para se livrar desse sentimento, nos livramos do lixo, mesmo que ele fique a um metro, separado de nós apenas pelas paredes da casa. Até que o lixeiro leve tudo embora.
Ao eliminar esse “incômodo” de forma automática, não criamos um novo hábito de separar corretamente os recicláveis. Junta-se a esse problema, a falta de uma educação sustentável em nível nacional, leis que regulamentem de uma vez a gestão dos resíduos domésticos e vontade política para lidar com um tema delicado, que envolve uma quantia enorme de dinheiro para fornecedores.
Consciência é a palavra-chave que vai reduzir o consumo, criar o hábito da reutilização e fazer a reciclagem ocorrer de fato. As compras desenfreadas trazem um prazer de curta duração, extremamente ligadas ao sofrimento. Não precisamos disso e principalmente, não temos muito mais tempo
A partir do momento em que diversos setores da sociedade passam a contribuir com ações e propostas, essas tendem a se difundir, fazendo surgir novas posturas e novas culturas. Não fique de fora!
no final das contas, não esclareceu porque no Brasil a reciclagem não é uma realidade.
Angelo, ao ler seu comentário, notei que o artigo estava confuso, misturando dois assuntos, o que não facilitava o entendimento. Fiz uma revisão geral. Espero que tenha esclarecido melhor agora. Muito obrigado pela sua colaboração!